domingo, 17 de junho de 2012

Por: Paranhos Jr( Pedagogia Humorada)


sábado, 16 de junho de 2012

Palavras Intraduzíveis

Pequeno Dicionário das Palavras Intraduzíveis

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Existem diversos idiomas ao redor do mundo e todos eles expressam as mesmas emoções ou tem significados, de certa forma, iguais. Para expressar certas emoções, algumas línguas possuem palavras únicas, que não praticamente intraduzíveis.
Em 2004, a Today Translation resolveu fazer uma pesquisa entre diversos linguistas do mundo inteiro para descobrir e traduzir essas palavras. A maioria delas conseguiu ser explicada, porém, não foi possível expressar de forma simples em outras linguas.
Veja abaixo algumas dessas palavras “intraduziveis”, ou melhor, que não tem equivalente fora do seu idioma:
  • Age-otori: termo em japonês para dizer que alguém prejudicou seu aspecto cortando o cabelo.
  • Altahmam: em Árabe designa um tipo de tristeza profunda.
  • Arigata-meiwaku: termo em japonês para nomear uma situação em que uma pessoa fez por você algo que não queria que fizesse, que tentou evitar ao máximo, mas que, ao fazê-lo, ficou lhe devendo um favor e ademais, por convenção social, inclusive deve agradecer pelo que fez.
  • Backpfeifengesicht: termo em alemão para dizer que um rosto precisa urgentemente de uma porrada.
  • Bakku-shan: em japonês designa que uma garota está linda, mas só enquanto está de frente.
  • Desenrascanço: termo em português para dizer que pode solucionar problemas ou resolver dificuldades rapidamente e sem grandes meios.
  • Forelsket: em norueguês expressa a euforia sentida na primeira paixão.
  • Gezellig: termo em holandês para designar vários adjetivos como acolhedor, íntimo e agradável.
  • Gigil: termo em filipino que expressa o impulso de beliscar algo que é insuportável terno (o nosso tchutchuquinho!).
  • Guanxi: na China tradicional, um “guanxi” é aquela pessoa que nos enche de presentes, faz favores, mas também é uma qualidade que pode cultivar-se ao pedir a devolução de um favor.
  • Ilunga: termo em Tshiluba, um idioma do Congo, que indica a pessoa capaz de perdoar um abuso ou ofensa pela primeira vez, de tolerá-lo uma segunda vez, mas nunca uma terceira. (Seu Lunga com I)
  • Klloshar: termo do idioma albanês para dizer que uma pessoa é um grande e incorrigível perdedor.
  • Litost: em checo, esta palavra indica o estado espiritual tormentoso que sobrevém quando a pessoa percebe a sua própria miséria. Em alguma de suas novelas Milan Kundera fala deste sentimento.
  • L’esprit de l’escalier: esta expressão francesa refere-se ao talento de uma pessoa para responder com agudeza e mordacidade. quando já é muito tarde. (faísca atrasada)
  • Mamihlapinatapai: termo em Yaghan, uma língua da Terra do Fogo, que se refere àquele olhar intraduzível, inefável entre duas pessoas que compartilham um mesmo desejo. (olhar 45)
  • Manja: em malaio o comportamento aninhado que às vezes algumas mulheres têm com seus casais, aqueles mimos que alguns acham nauseantes. (Oh meu Cheiro!)
  • Meraki: em grego moderno, significa fazer algo com amor e criatividade, pondo a alma nisso.
  • Naa: em japonês é utilizado só na zona de Kansai para enfatizar as afirmações ou expressar que se está de acordo com alguém.
  • Nunchi: palavra coreana que designa a capacidade de saber ler o estado emocional de outras pessoas.
  • Pochemuchka: termo em russo para designar uma pessoa que formula muitas perguntas.
  • Radioukacz: em polonês é utilizado para se referir à pessoa que trabalhou com telegrafia para os movimentos de resistência no lado soviético da cortina de ferro.
  • Saudade: termo em Português para referir-se ao verdadeiro estado de nostalgia.
  • Schadenfreude: o prazer, em alemão, pela dor de outra pessoa.
  • Selathirupavar: termo em Tamil que significa certo tipo de absentismo escolar. (matador de aula)
  • Sgriob: em gaélico, é o comichão que dá no lábio superior logo após beber uma dose uísque.
  • Shlimazl: no idioma iídiche indica quem tem uma má sorte crônica. (azarão)
  • Taarradhin: similar em árabe ao tutti contenti italiano, quando um problema é solucionado de tal modo que deixa todo mundo satisfeito.
  • Tatemae e Honne: duas palavras japonesas que expressam, respectivamente, o que finge crer e o que realmente crê.
  • Tingo: em pascoense, o idioma da Ilha de Páscoa, significa tomar emprestados objetos da casa do vizinho um a um até não sobrar mais nada.
  • Waldeinsamkeit: em alemão, o sentimento de estar sozinho na floresta.
  • Yoko meshi: expressão em japonês que literalmente significa comida que se come pelos dois lados mas, em sentido figurado, se refere à inquietude sentida quando se fala em um idioma estrangeiro.
Fonte: Mdig /  So Bad So Good

sexta-feira, 8 de junho de 2012

PAULO FREIRE: O EDUCADOR DA UTOPIA

Paulo Freire é um educador sobre o qual todos sabem e, ao mesmo tempo, poucos realmente são os que podem falar dele algo mais de perto, para além do conhecido rosto do homem calvo, de cabelos e barbas longas e brancas, usando óculos sob o qual se mostram olhos atentos e diretos; para além ainda do seu método de alfabetização de adultos que revolucionou uma época, fazendo emergir a importância da relação entre o educando, o objeto de conhecimento e as relações entre ambos e o contexto social no qual estão inseridos. Isto porque Paulo Freire é o homem, mas também o mito; é o educador, mas também seu pensamento.
Nascido nos anos 20, em Casa Amarela, bairro de Recife, perdeu o pai cedo e houve épocas em que passou fome; formou-se em direito, chegou a abrir um escritório de advocacia, mas preferiu ser educador. Profundamente conhecedor da realidade brasileira, fazendo uma opção clara pelos oprimidos, os esfarrapados, definiu-se como nordestino, brasileiro e, por fim, um cidadão do mundo. Seu pensamento em tudo reflete sua trajetória de vida, é justamente seu olhar para o local (de onde se vem) e para o global (o ser mundo) que o fez tecer uma ética voltada para a autonomia e responsabilidade do sujeito frente às demandas e necessidades planetárias.
Foi cientista, intelectual, militante político, educador, filósofo da libertação, revolucionário, sendo sua grande contribuição, como um dos maiores pensadores brasileiros do século XX, exatamente a sua capacidade transdisciplinar, de trilhar e cruzar o caminho de diversas disciplinas, influenciando pensadores das mais diferentes áreas. Marcando, no entanto, indelevelmente, o chão do fazer pedagógico.

O Homem

Paulo Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, em Recife. Seu pai era oficial da Polícia Militar de Pernambuco e, sua mãe, dona de casa. Aprendeu a ler com os pais, teve seus primeiros anos escolares em Jaboatão e, em seguida, para continuar seus estudos, sua mãe, então sozinha, viúva, desesperada, com os filhos para criar, sem ter meios, andou de mãos dadas com Paulo Freire pelos colégios de Recife em busca de um que lhe desse uma bolsa de estudos, até chegar ao Colégio Oswaldo Cruz, de Aluízio Araujo, que o aceitou. Apenas aos 16 anos é que ele entrou no que seria hoje o sétimo ano do ensino fundamental, apresentando ainda alguns problemas de escrita.
No mesmo Colégio Oswaldo Cruz, em 1941, ele começou a trabalhar dando aula de Português. Foi como professor de português que Paulo conheceu Elza, com quem viveu 40 anos e teve cinco filhos. Sua segunda companheira de jornada, pós viuvez, seria Ana Maria Araújo Freire, filha de Aluízio Araújo, que se tornou a sucessora legal de sua obra.
Nos anos 50, lecionou em algumas faculdades da Universidade do Recife, sendo nomeado em 1961 professor de ensino superior na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da mesma universidade. Ainda no Recife, em 1960,cria-se o Movimento de Cultura Popular e é no âmbito do MCP que Paulo Freire desenvolve o seu método de alfabetização de adultos. Depois da experiência de Angicos, Rio Grande do Norte, na qual alfabetizou 300 adultos em 40 horas, foi convidado para a elaboração do Plano Nacional de Educação, a pedido do Ministério da Educação.
Entretanto, logo após o Golpe Militar foi perseguido e se viu obrigado a viver no exílio por mais de 15 anos, tendo transitado pelos Estados Unidos, Europa, África e Ásia. Retornou ao Brasil nos anos 80, assumindo uma carreira de professor em diversas universidades brasileiras e, em 1989, assumiu a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Em 1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para estender e elaborar as ideias de Freire. O instituto mantém até hoje os arquivos do educador, além de realizar numerosas atividades relacionadas com o legado do pensador e a atuação em temas da educação brasileira e mundial. Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações em uma operação de desobstrução de artérias.
Publicou mais de vinte livros, fora as obras publicadas em co-autoria. Recebeu 39 títulos de doutor honoris causa no Brasil e o no exterior, fora inúmeras homenagens além do reconhecimento da importância e atualidade de seu trabalho e seu pensamento.
Seu Pensamento

Segundo Gadotti (2005, p. 8), “o núcleo central do pensamento de Paulo Freire (...) é a utopia”. De fato, ao mesmo tempo em que procura superar a noção de uma escola descontextualizada da realidade, tão corrente nos anos 60, ele não permite se abater pelas teorias críticas que afirmam a escola como um lugar de reprodução sem possibilidades de renovação dessa mesma realidade.
Contundentemente crítico do neoliberalismo, Freire se posiciona contra a ética de mercado, diante da qual o consumo é uma das principais formas de realização humana e cujas bases desenham um futuro perverso, excludente, sem espaço para o sonho e a utopia, para pensar e construir um mundo possível para todos.
Em sua prática pedagógica, Gadotti (2005) coloca que a teoria e a prática de Paulo Freire sustentam-se sob quatro intuições originais, são elas:
·         Ênfase nas condições gnosiológicas da prática educativa: foco na forma de conhecer, muito mais do que nos conteúdos. Para Paulo Freire, “educar é conhecer, é ler o mundo, para poder transformá-lo” (GADOTTI, 2005, 11).
·         Defesa da educação como ato dialógico: conhecer na teoria freiriana é se relacionar, é dialogar com o outro, com o mundo, é um processo de ir e vir, de desconstrução e reconstrução de novos saberes.
·         Noção de ciência aberta às necessidades populares: necessidade de construir e lidar com o conhecimento a partir de categorias concretas como o trabalho, a pobreza, a fome, a justiça social, etc.
·         Planejamento comunitário, participativo: incluindo pesquisa participante, gestão democrática, ou seja, uma possibilidade de dar voz aos sujeitos.
Importante destacar que o método de Paulo Freire foi criado em um momento em que era vedada a possibilidade de participação política aos analfabetos. Ou seja, sua proposta de ensino para adultos ultrapassava a mera transmissão de um código, era, de fato, a construção de processo político e pedagógico, na qual o engajamento era tão mais efetivo quanto a realidade dos educandos fosse trazida para a sala de aula, tornando-se esta objeto de conhecimento.
Paulo Freire ainda atacou veementemente o que ele chamou de educação bancária: mera transmissão e troca de conhecimentos, em um ambiente hierarquizado e excludente. Ao contrário, o processo pedagógico deveria fazer com que homens e mulheres recuperassem suas posições como sujeitos da história, numa relação dialética entre mundo objetivo e mundo subjetivo, criticamente.
Para o educador, a leitura do mundo precedia a leitura da palavra, por isso estruturou seu método para que o ensino da língua partisse do universo vocabular dos educandos, pesquisado no uso cotidiano junto à comunidade. A partir de tal universo vocabular, nos círculos de leitura, as palavras e as expressões eram discutidas em suas dimensões políticas e sociais para, então, partirem para a apreensão do código. Ou seja, antes de mais nada, era preciso atribuir significação aos objetos de aprendizagem, só assim, seria possível fazer do ato de educar também um ato de transformação social.
Em seus últimos anos de vida, Paulo Freire preocupou-se com uma ética planetária, com uma possibilidade de ser estar no mundo que fosse solidária e sustentável. Seu pensamento não se encaixa exatamente em nenhuma das grandes correntes epistemológicas do século, mas cruza várias, demonstrando sua imensa vitalidade e capacidade de estabelecer sentidos contemporaneamente.

Algumas obras do educador Paulo Freire:

• Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4,1963:5-22.
• Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra,1967.
• Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
• Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
• A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo:Cortez Editora,1982.
• A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
• Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
• Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
• Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
• À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
• Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
• Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
• Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.

Referências:

Coleção memória da pedagogia, n.4; Paulo Freire: a utopia do saber / editor Manuel da Costa Pinto; [colaboradores Moacir Gadottii...e AL]. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Segmento-Duetto, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.

Instituto Paulo Freire: http://www.paulofreire.org


Equipe:

  • Eliana Sampaio
  • Maria Cleusivan
  • Milene Machado
  • Kely Cristina Ribeiro
  • Laércio Machado
  • Mere Silva


quinta-feira, 7 de junho de 2012

José Carlos Libâneo

         ATIVIDADE II de PPP III
     
 Pesquisa Pratica Pedagógica III


Acadêmicas

Kátia Cruz de Jesus
Marta Costa de Jesus da Silva
Márcia Gardênia Souza Pires
Marileide Mendes
Rosileide Silva Santos
Thaise da Cunha Luciano

                         José Carlos Libâneo
Pesq
                                                 
Biografia :
José Carlos Libâneo nasceu em Angatuba, cidade do interior do estado de São Paulo, no ano de 1945 e cursou o ensino fundamental e médio no Seminário Diocesano de Sorocaba (SP). Graduou-se em filosofia na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), em 1966. Em 1984 tornou-se “MESTRE” da educação escolar brasileira e “DOUTOR” em educação, posteriormente.
Libâneo apreciava um estilo de informação que permitisse a liberdade mental e com astucia para que as pessoas oferecessem um autentico sentido ao conhecimento. Tendo um julgamento critico e adotando determinações mais abertas e sucedidas.
Deste modo ele sugere quatro pilares fundamentais para ser trabalhados na escola na atualidade, formando uma integração  que estar sujeita a pratica dos outros.
Para iniciar a preparação dos alunos para um método vitorioso tendo uma vivencia na sociedade presente, investindo no desenvolvimento total. Tendo o domínio de informações, julgamentos, agilidades, apegos e costumes. Sendo capacitado de assumir determinações em atividades em conjunto interdisciplinares e explicando informações.
Em seguida ajudar os estudantes nas capacidades de refletir de forma independente, decisiva e criativa. Aumentando a capacidade no refletir seu modo de pensar e procurar conhecimentos.Depois a designação de ambientes de conhecimento tanto entro como fora da classe tendo organização podendo exercer o democratismo com ação, direção e responsabilidade.
E por ultimo um desenvolvimento moral. E imprescindível que o corpo docente perceba que o ensino com precisão investindo e habilitando para cargos autênticos tornando um cidadão educado na sociedade e com responsabilidade.
Ficou conhecido como uns dos maiores pensadores da nossa nação. Sendo um grande defensor de uma instituição publica de categoria em nosso país.
    Suas principais obras:
               ·         Educação na era do conhecimento em rede e transdisciplinaridade, 2005
·         Educação escolar: políticas, estrutura e organização, 2005
·         Didática: velhos e novos temas, 2003.
·         Adeus professor, adeus professora, 2002.
·         Organização e gestão da escola, 2002.
·         Didática. , 2001
·  Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. , 2001
·         Pedagogia e pedagogos, para quê?, 2001
·         Organização e gestão da escola - Teoria e prática. , 2000
·         Organização e gestão da escola. 2000
·         Democratização da escola pública - A Pedagogia Crítico Social dos Conteúdos - 1985
·         Aceleração escolar- Estudos sobre educação de Adolescentes e Adultos, 1976.

Conhecendo algumas das suas obras.








 Democratização da escola pública pública  Neste livro ele desenvolve ideias para ajudar o educador em seus trabalhos em escola publica, consentindo ter um pensamento critico com os temas: Didática, Psicologia e Metodologia Adeus professor, Adeus Professora? Neste livro ele fala sobre as transformações que são vividas nas escolas e o trabalho feito pelos professores e pedagogos para produzir formas de trabalho de acordo a nossa nova realidade a adaptar-se com as exigências educativas.
Didática Neste livro Libâneo recomenda uma disciplina ordenada da didática unindo a preparação com a teoria da educação, psicologia, sociologia e metodologias englobando princípios, meios, ensino básicos para toda a docência e matérias escolares.
Educação na Era do Conhecimento em Rede e Transdisciplinaridade È uma coleção que fala de professores pesquisadores que se dedicaram a refletir experiências que levem os alunos a viver em um mundo com mudanças. A era em que se vive incontestavelmente e com emoções abertas ao dialogo.
Pedagogia e pedagogos, para quê?Fala sobre a relação da Pedagogia com as demais ciências da educação e a identificação profissional de um pedagogo junto às realidades modernas.
Educação escolar política estrutura e organização Este livro faz uma adaptação para professores em formação e gestores opiniões para uns criticados aspectos sociopolíticos, históricos, legais para uma organização escolar tanto na educação quanto na gestão visando uma compreensão dos argumentos em que cada profissional tem nas suas atividades com a educação.

Algumas fotos  de José Carlos Libâneo





      
Escola ensino e aprendizagem 

Escolhemos uma obra que uni e prepara a didática com a teoria da educação, psicologia, sociologia e metodologias englobando princípios, meios, ensino básicos para toda a docência e matérias escolares.
Diante do contexto atual falar sobre aprendizagem, escola e ensino se torna um processo que requer modificações no procedimento construídos pelas emoções listadas pelo ambiente e pelo relacionamento. Instruir-se é o fruto das composições entre mente e o meio ambiente. Como vimos, nas novas evidências educativas que se situa na aprendizagem o educador é o responsável pela metodologia de aprendizagem dos educandos. Nesta estratégia situada na aprendizagem a informação é erguida e recuperada sempre.
O educador José Carlos Libâneo traz uma ideia sensata a respeito da suposição a Educação Brasileira. Conheceremos padrões educacionais que apoiam esses estudos em nosso país.
Para começar apontaremos as bases filosóficas e a intenção que cada uma delas tem em relação aos exemplos de aprendizagens para o aluno, professor e escola.
José Carlos Libâneo sempre pensou na melhora da educação nas escolas públicas, tendo como finalidade torná-las mais compreensiva de forma que a aprendizagem fosse fornecida adequadamente e modelada com mudanças e caprichos.
Na obra estudada ” Didática “ ele trata da pedagogia iniciando uma conexão, com intenções sociais, técnicas e politicas administrando na metodologia do ensino e aprendizagem. Segundo o (Libâneo, 2002) o autor recomenda uma disciplina ordenada com ensinamentos que venha unir e elaborar métodos no desenvolvimento profissional do professor.
Tem demonstrado a preocupação com o desenvolvimento e formação de professores, defendendo e lutando por uma escola pública de classe em nosso País.
Suas ideias dentro da didática e ensino aprendizado e adequado ponto de vista social e crítico dos teores escolares com certeza o fazem ser um dos mais admiráveis em ideais políticas e avançadas na área da educação contemporânea. Em  outra obra do autor intitulada a “Democratização da Escola Pública” Podemos entender sua preocupação com o educador em melhorar na prática educacional e ao mesmo tempo ter que acolher e por em prática as tendências pedagógicas que marcam a escola brasileira. Libâneo tem contribuído muito em nosso meio educacional, com a sua postura reflexiva e de profunda análise a transmitir conhecimentos no ponto de vista sobre uma metodologia que tenha como único objetivo: se tornar livre e independente no método interno da escola; pois na atualidade tem sido um dos seus compromissos o PPP projeto político pedagógico escolar para que possamos ter novidades e expectativas na atual educação brasileira. Uma educação de bases para uma pedagogia emancipadora que internar-se com transformações preparando os alunos para vida, dentro da sociedade de informações e tecnologias. Quando valorizamos a escola acreditamos em seus objetivos pedagógicos e político amplia- mós nossa visão para a globalização, lutamos contra a marginalização e a desigualdade social dentro do domínio escolar, mudanças precisam ser inseridas para que o educador e educando sejam atualizados, em uma sociedade de novas ideias e novas tecnologias.
Preocupado com a educação na escola Ele escreve que a mesma é de suma importância na formação de professores, pois se situa no conjunto dos conhecimentos pedagógicos. Os educadores são elementos fundamentais na ação educativa no desenvolvimento de novas gerações e de novos exemplos na totalidade social, pois o ambiente escolar tem se tornado campo fértil para o    professor atuar e formar novos pensadores de ideias e formadores de novos valores de uma nova sociedade, alunos preparados para a vida.
A didática é uma disciplina necessária para a formação docente, pois a didática, técnica e métodos de ensino unidos podem contemplar o saber dentro do ensino/aprendizado. A instituição escolar que tem professores capacitados, inteligentes e estrategistas é uma escola valorizada por parte dos pais e da sociedade que passam a ter consciência que os alunos estarão preparados para as transformações sociais como a globalização, informática e políticas da era atual; sabemos que o mundo está em constantes transformações e para que as mesmas alcancem uma extensão maior em curto prazo à escola é o veículo utilizado para que as mesmas se propaguem a cada dia mais, os professores têm a certeza de que o mundo moderno exige cada vez mais da escola para inserir nas esferas sócias indivíduos capacitados, pois há uma crença na instituição intitulada escola, em seu potencial como um importante meio de construção social.
A escola como construtora de uma sociedade integra alunos, pais, professores a comunidade, desempenhando um papel dentro de uma visão crítico social pela prática da participação dos mesmos trazendo novas sugestões ou criticas para que cada vez o trabalho e até mesmo a elaboração do PPP tenha sempre a visão voltada para o educando e a facilitação do trabalho do educador. E assim todos conduzem a escola e ao mesmo tempo são conduzidos, todos analisam as propostas e também são analisados. Esta forma de enxergar a coordenação escolar não afasta a participação e o comprometimento dos integrantes acima citados.
José Carlos Libâneo busca um padrão de escola centralizada nas camadas sociais mais prejudicadas, aonde a metodologia parte especialmente para incitar o aumento da consciência a ser analisada por cada ser humano conscientizando, de sua qualidade de sua humildade e que ele possa acordar ser influente e atuante. Ser aquele que transforma a sociedade colocando em prática os seus ideais. Buscar o uso de informações e noticias que lhes permitisse ter livre arbítrio mental transmitindo suas ideias sendo formadores de opiniões tendo determinações com liberdade, sendo bem- sucedidos em seus objetivos a serem colocados em prática. O papel do pedagogo na prática educativa com outras fontes de conhecimentos nós dias modernos ocupa o lugar principal para o aluno ter acesso à informação e bases para colocarem em práticas aquilo que lhe foi transmitido dentro da escola. Pois uma escola centralizada integralmente disposta a ampliar a visão do educando precisa estar procurando modos e atitudes de praticar a metodologia educativa como algo um tanto prazeroso e desafiador com a finalidade de conseguir melhores resultados junto à comunidade e todos que integram a equipe escolar, buscando assim desempenhar seu papel social na escola que é o aluno descobrir motivos para estar ali e tomar parte de modo ativo, decidido a construir e desenvolver o seu aprendizado, pois uma escola só é democrática quando o educando é visto como o primeiro lugar.
Existe, por conseguinte uma ação insubstituível das escolas e dos professores de proporcionar qualidades no intelecto do educando de forma que o mesmo possa expandir sua habilidade reflexiva com afinidade e qualidades produtivas na transmissão de informação, pois a mesma proporciona o saber é a passagem para a elevação de outras fontes de conhecimentos como o conhecimento cientifico e tecnológico que insere o aluno no mundo da comunicação e da globalização.
Um dos parâmetros que ele cita como premissa da escola e do ensino hoje é:

A razão pedagógica, a razão didática, está associada à aprendizagem do pensar, isto é, a ajudar os alunos se constituírem como sujeitos pensantes, capazes de pensar e lidar com conceitos, para argumentar, resolver problemas, para se defrontarem com dilemas e problemas da vida prática. Democracia na escola hoje, justiça social na educação, chama-se qualidade cognitiva e operativa do ensino. (LIBANÊO, 2002, p.26)

Ensino e aprendizado na escola é ter a responsabilidade de incitar o pensamento crítico dos educandos para que os mesmos possam lutar pelos seus objetivos, buscando sempre aprender, construir e reciclar conhecimento para que não mais sejam seres alienados na nossa sociedade, mas seres pensantes e atuantes que forma e transforma a realidade.A educação precisa de novos olhares, novas concepções e rações de ser para que educandos, educadores e corpo docente sintam-se motivados dia após dia a fazer uma educação mais excitante e prazerosa que  encara as diferenças e diversidades do nosso pais de forma a transforma-la.

Referencias

LIBÂNEO, José Carlos – DIDÁTICA. São Paulo: Cortez, 1994.
LIBÂNEO, José Carlo. Democratização-Da-Escola-Pública: a pedagogia crítico social  dos conteúdos. 4. Ed. São Paulo: Loyola, 1986
escola.www.ebah.com.br/conten/..../sistema-organizacao-escola-libaneo
http/PT.scrib.com
Projetos/função-social-escola.pdf.www.drearaguina.com.br.


LIBÂNEOJ. C. 2002. Adeus     Professor, Adeus Professora?  Novas  exigências
educacionais e profissão docente. 6ª ed. São Paulo.Cortez.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. 5ª ed. Goiânia. Alternativa. 2004

A Equipe


                                             









Anísio Spínola Teixeira

RÁPIDAS PALAVRAS SOBRE ANÍSIO

Cláudia Maria Souza de Barros
Franquimar Ferreira de Souza













Em 12 de julho de 1900 nasce o então denominado “missionário da educação”, professor Anísio Teixeira. Este nasceu em Caetité cidade do interior da Bahia e concluiu seus estudos em colégios de jesuítas na Bahia e posteriormente se formou em Direito em 1922 na cidade do Rio de Janeiro como era desejo do seu pai.
Em 1924 dois anos após ser diplomado foi convidado para ser inspetor-geral do Ensino na Bahia pelo então governador da época. Já em 1925 observou os sistemas de ensino na Europa e posteriormente viajou aos Estados Unidos nos anos de 1927 e 1929 com os mesmos objetivos: observar os sistemas de ensino. Para o sistema de ensino americano dedicou boa parte de sua paixão pela educação.
 
Entre 1920 e 1930 foi um dos defensores e signatários do Manifesto da Escola Nova, em defesa do ensino público, laico e obrigatório. Posteriormente foi convidado a partir daí a reformar o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, onde atuou em diversos cargos executivos.
 
Entre 1931 e 1935 atuou como Diretor de Instrução Pública do Rio de Janeiro, onde formou uma rede municipal de ensino que abrangia da escola primária à universidade. Neste mesma época fundou a Universidade do Distrito Federal à qual veio se tornar Faculdade Nacional de Filosofia do Brasil.
 
Em 1936 por conta da Ditadura de Getúlio Vargas foi obrigado a se demitir do cargo que exercia. Foi afastado da vida pública por motivos políticos e regressou à Bahia em 1947 para assumir o cargo de Secretário da Educação da Bahia. No ano de 1950 fundou a Escola Parque – Centro Educacional Carneiro Ribeiro, experiência pioneira de educação integral no país.
 
Em 1952 a 1964 foi o responsável pelo Instituto de Estudos Pedagógicos, que atualmente carrega o seu nome. No início dos anos 60, do século XX, participou ativamente da estruturação e discussão sobre a implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional tornando-se assim conhecido como o principal defensor da Escola Pública.
 
Quando do início da ditadura militar em 1964, lecionou em universidades americanas, que o acolheram muito bem apesar de terem financiado o mesmo regime que o exilou. Já em 1965, de volta ao Brasil, voltou a atuar como membro do Conselho Federal de Educação e passou a atuar também como filósofo da educação.
 
Em 1963 funda a Universidade de Brasília juntamente com Darci Ribeiro. Tornando-se reitor da mesma. Em 11 de março de 1971, no Rio de Janeiro, Anísio Teixeira é encontrado morto num poço de elevador. Em um acidente que deixa muitas dúvidas e suspeitas, pois até os dias atuais não foi suficientemente explicado.
 
REFERÊNCIAS
NUNES, Clarice.  Anísio Teixeira: a poesia da ação.  Rio de Janeiro: PUC/ Departamento de Educação, 1991. (Tese de doutorado, v.1).

RIBEIRO, Darcy. Depoimento. In:  ROCHA, João Augusto de Lima et. Anísio   em movimento: a vida e as lutas de Anísio Teixeira pela escola pública e pela cultura no Brasil. Salvador: Fundação Anísio  Teixeira, 1992. p.60-68.

SCHAEFFER, Maria Lúcia Garcia Palhares. Anísio  Teixeira - formação e primeiras realizações. São Paulo:  USP/Faculdade de Educação, 1988.  (Estudos e Documentos, v.29)

VIANA
  FILHO, Luís. Anísio  Teixeira: a polêmica da educação. Rio de Janeiro: Nova  Fronteira, 1990. 210p.
 
PROGRAMA PDGE/FACED/UFBA
Slide produzido por Michele Pemin (FACED/UFBA) 



Principais Obras Publicadas




  • Aspectos americanos da Educação.
  • Educação progressiva: uma introdução à filosofia da Educação.
  • Em marcha para a democracia.
  • Educação para a democracia: introdução a administração escolar.
  • A educação e a crise brasileira.
  • Educação não é privilégio.
  • Educação é um direito.

Slide Show sobre Anísio Teixeira

Pesquisado por Ana Paula Clementino Sobrinho








Documentário sobre Vida e Obra de Anísio Teixeira.






Interessantíssimo para quem quer saber mais da vida de Anísio Teixeira e se emocionar com os ensinamentos deixados. Na internet está postado publicamente em cinco partes. No todo compõem o documentário que contém depoimentos de familiares, amigos e intelectuais como a Profa. Diana Vidal (USP) sobre a contribuição de Anísio Teixeira para a Educação Brasileira.



Tatiana Polliana Pinto de Lima















ESCOLA, ENSINO E APRENDIZAGEM:
a contribuição de Anísio Teixeira à educação brasileira.

Tatiana Polliana Pinto de Lima


“Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública.”
(Anísio Teixeira)

Para escrever sobre as concepções de escola, ensino e aprendizagem em Anísio Teixeira baseei-me no livro Educação Não é Privilégio. Este foi um livro cuja primeira edição foi publicada em 1957. Esta primeira publicação saiu com duas partes, a saber: Educação Não é Privilégio (1953) e A escola pública, universal e gratuita (1956). Posteriormente a partir da segunda edição mais uma parte foi acrescida: Educação e a formação nacional do povo brasileiro (cuja escrita iniciou-se em 1958, finalizada somente alguns anos depois).

O livro é um compêndio de vários escritos de Anísio Teixeira (A.T.), escritos em momentos diferentes e o seu objetivo maior segundo palavras do autor é “fazer um esforço de análise e formulação do plano de reconstrução da escola brasileira” (1968, p. 8) Nesta mesma página cuja seção é intitulada Nota Explicativa A.T. alerta os leitores de que a obra deve ser lida no seu tempo presente, observando as datas e as circunstâncias em que as partes foram redigidas para que não haja anacronismos.

Para situar o leitor, não posso deixar de lembrar que o momento de escrita da obra diz respeito a um momento de construção de um projeto de modernização para o Brasil, cuja educação estava no centro de discussão e debate. Seria por meio da educação e da escola institucionalizada que a mentalidade de Brasil moderno, uno e indiviso estava se construindo. Neste mesmo contexto existe o debate sobre a escola pública e a democratização do acesso por parte das massas, cujo principal objetivo era ascender socialmente através da escola. O autor também coadunava com este pensamento quando defendia uma escola universal de base comum que seria responsável por dar a cada indivíduo a possibilidade de se tornar alguém na sociedade a partir do desenvolvimento de seus dotes inatos e de suas aptidões. 

Antes de darmos continuidade devemos apresentar a obra em si. Esta é constituída de três partes distintas. A primeira parte é intitulada: Educação Não é Privilégio. Refere-se a uma conferência pronunciada em 1953 na Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas. Neste texto A.T. discutirá alguns conceitos que irão permear toda a sua obra tais como: homem comum, educação comum, educação dual, cultural geral. O objetivo do texto é “... mostrar, tão imparcial e objetivamente quanto possível, o desenvolvimento da escola brasileira à luz dos conceitos e das forças que nela atuaram.” (1968, p. 11)

Neste primeiro momento defende a tese de que a escola pública sempre foi elitista e seletiva e que precisamos defender uma educação pública comum voltada para o homem comum. Como argumento coloca que a educação comum não é somente postulado democrático, mas igualmente científico, trazendo à tona toda a mudança de pensamento ocasionado no mundo por ocasião do surgimento da ciência experimental em fins da Idade Média. Da ciência experimental surge a base para a construção da escola moderna.

“... nada mais é do que o conhecimento racional tornado fértil e fecundo, pela sua ligação com a realidade concreta do mundo e da existência. Toda uma nova filosofia do conhecimento se estabeleceu em oposição à fórmula grega de dualismo entre o racional e o empírico. O racional foi submetido à comprovação da experiência e se fez, na realidade, empírico. Efetivamente, as diferenças entre o experimental e o empírico passaram a ser antes de precisão de métodos, segurança e observação e de controle na verificação, do que de objeto ou de natureza. Na realidade, a diferença passou a ser antes de grau de segurança no conhecimento do que de natureza do conhecimento.” (1968 p. 14-15)

Para A.T. a escola e a educação brasileira deveriam ser repensadas já que a educação dual, modelo instituído no Brasil a partir da influência da escola francesa encontrava-se em crise, visto que esta escola brasileira é arcaica e não se encontrava em sintonia com a educação moderna.

Analisando as palavras de A.T. percebemos que apesar do mesmo possuir algumas ideias de avanço em relação à educação brasileira, as influências positivistas e iluministas estão muito presentes no seu pensamento. Algumas expressões utilizadas pelo autor podem ser utilizadas a título de comprovação: “... é imprescindível certa precisão...” (1968, p. 11); “.... entendimento comum...” (1968, p. 11); “...progresso útil...” (1968, p. 11); “...forças de progresso...” (1968, p. 38); “...aspirações de civilização...” (1968, p. 38); “...progresso educacional...” (1968, p. 43). Ou Ao longo do livro percebi que o ideal maior de A.T. é ideal civilizatório, de uma nação progressista.

Na segunda parte do livro o objetivo é discutir a importância da educação para a construção da democracia. Ao longo do texto através de uma retrospectiva histórica nos mostra que ainda não se tem no Brasil uma democracia consolidada e defende que somente através da educação é que aquela será construída. Este capítulo é escrito em um momento em que o governo de Juscelino Kubitschek entrou para a história do país como uma gestão na qual se registrou o mais expressivo crescimento da economia brasileira. È ainda neste momento que A.T. conclama aos educadores a darem o pontapé inicial em prol de uma modificação real na escola pública brasileira.

Para o autor a escola pública primária (defesa maior de seus escritos) seria uma escola de base comum, que serviria a ricos e pobres, seria uma escola onde privilégios de classe, de dinheiro e de herança não existissem. Este foi o maior legado na sua visão da Revolução Francesa, apesar de a própria França não ter conseguido implementar este ideal. Para A.T. os Estados Unidos com a sua educação pragmatista, baseada no fazer, em uma educação prática foi quem conseguiu implementar este pensamento de ascensão social através da promoção de oportunidades iguais a todos. Isto teria feito os Estados Unidos se desenvolverem economicamente e se tornarem uma nação desenvolvida.

Para A.T. a educação é o único meio capaz de transformar o povo em ator principal dos acontecimentos, seria a única forma de criar cidadãos capazes de cuidar do público, de participar ativamente da vida pública e de construir uma sociedade verdadeiramente democrática.

Na terceira parte do livro – Educação e a formação nacional do povo brasileiro Anísio defende a universalização do ensino público primário de qualidade, a partir de uma crítica feita à tradição escolar que imperou durante toda a primeira metade do século XX no Brasil. Igualmente apresenta o Plano Nacional de Educação do início da década de 1960 do qual foi relator e apresenta o Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola-Parque) implementado por ele e por sua irmã Carmem Teixeira (Psicóloga) no bairro da Liberdade em Salvador.

Os objetivos deste capítulo são:
- Propor a reforma do ensino brasileiro concebendo um novo modelo de ensino primário experimental, mas igualmente propedêutico voltado para a formação do homem comum.
- Nortear o leitor sobre a experiência prática da Escola Parque que seria a referência educacional para se pensar e implementar essa nova Escola, visto que para o autor uma educação de qualidade deveria ser voltada para um ensino primário que resolvesse os problemas de estratificação social e os desníveis econômicos da sociedade brasileira.

Neste sentido, a proposta educacional do Centro Educacional Carneiro Ribeiro almejava superar os elementos considerados impeditivos para o desenvolvimento de uma educação de qualidade quais sejam: currículo integral e contextualizado, formação de professores de forma qualificada, qualificação para o mundo do trabalho.

Para isto afirmava:

“Por isso mesmo, a escola já não poderia ser a escola dominantemente de instrução de antigamente, mas fazer as vezes da casa, da família, da classe social, e, por fim, da escola, propriamente dita, oferecendo a criança oportunidades completas da vida, compreendendo atividades de estudos, de trabalho, de vida social e de recreação e jogos. Para essa escola, precisava-se, sim, de um novo currículo, um novo programa e um novo professor.” (1968, p. 129)

Voltando ao pensamento de A.T. sobre escola, ensino e aprendizagem me aterei a partir de então a apresentar o que o mesmo defende sobre estes conceitos. Ao longo da leitura do capítulo podemos perceber que a ideia de comum, escola comum, aqui não é dizer simples, mas homogêneo.

“Quando, na Convenção Francesa, se formulou o ideal de uma educação escolar para todos os cidadãos, não se pensava tanto em universalizar a escola existente, mas em uma nova concepção de sociedade em que privilégios de classe, de dinheiro e de herança não existissem, e o individuo pudesse buscar pela escola, a sua posição na vida social.” (1968, p.12)

Defende que para se ter um ponto de partida comum à discussão desta escola pública precisa-se entender a educação escolar antes das aspirações modernas de educação advindas com a Revolução Francesa. Considera esta como um marco que traz um novo estágio para a humanidade. “Antes desse período, toda educação escolar consistia na especialização de alguém, cuja formação já fora feita pela sociedade e em rigor pela classe a que pertencia nas artes escolares, que não eram mais que tipos de ofícios intelectuais e sociais.” (1968, p.11).

Apesar de reconhecer que a escola é uma instituição que corporifica ideias e aspirações sociais, explicita ao leitor que antes a sociedade antes da Revolução Francesa formava homens no seio das castas ou classes as quais incorporavam a religião, a família e suas influências e pensamentos.

Outro conceito muito arraigado no pensamento de A.T. era o de escola universal. Para A.T. era uma instituição que iria dar a cada indivíduo a possibilidade de ascender social e economicamente na sociedade, o que nos remete à uma ideia iluminista de guiar alguém.

O homem teria então uma formação comum na escola, e depois se especializaria para atuar em uma sociedade democrática e moderna. Esta seria constituída “... com a criação da nova escola comum para todos, em que a criança de todas as posições sociais iria formar a sua inteligência, vontade e caráter, hábitos de pensar, de agir e de conviver socialmente.” (p. 12)

Defendia também a mudança na escola tradicional que uniformizava, defendia que a nova escola deveria estar preparada para atender as vocações várias, aos ofícios vários e profissões que estavam nascendo na sociedade liberal e progressiva. Esta escola seria então prática, moderna e eficiente, concebida a partir de novas técnicas e processos novos. Esta escola seria a que possuiria um programa de atividades e não de matérias, iniciadora nas artes do trabalho e do pensamento reflexivo, ensinando o aluno a viver inteligentemente e a participar responsavelmente da sociedade. Não é, portanto, uma ideia de transformação, mas de adequabilidade participativa, de justiça social.

Neste sentido, a escola deixaria de ser para poucos, para os homens devotados as atividades do espírito para ser de todos, do homem comum, que está em uma sociedade de trabalho científico e não empírico. O objetivo da escola seria então o de preparar trabalhadores para as três fases do saber no seu entender: pesquisa, ensino e tecnologia a partir do gosto específico, das escolhas “pessoais”. Levaria em consideração a necessidade de todos.

“a escola não mais poderia ser a instituição segregada e especializada de preparo de intelectuais ou “escolásticos”, mas deveria transformar-se na agência de educação dos trabalhadores comuns, dos trabalhadores qualificados, dos trabalhadores especializados em técnicas de toda ordem e dos trabalhadores da ciência nos seus aspectos de pesquisa, teoria e tecnologia.” (1968, p, 17)


A partir da identificação do mundo do trabalho agrícola e do trabalho fabril com o trabalho científico constituir-se-ia então a escola de ciência considerando o conhecimento científico. Ensino se faz então pela ação e pelo trabalho e “não somente pela palavra e pela exposição.” (defendia então a prática aliada à teoria).

No quesito aprendizagem reconhece a importância e influência dos estudos de psicologia do início do século XX que comprovaram que a aprendizagem verbal não era aprendizagem. Esta se dava a partir da experiência vivida e real, ou seja, prática. Para A.T. “... somente através da experiência vivida e real é que a mente aprende e absorve o conhecimento e o integra em formas novas de comportamento.” (1968, p. 17). Era neste sentido, contra os métodos de aprendizagem utilizados na escola antiga que se reduziam a aulas, provas escritas e orais, memorização de conteúdos e tarefas de casa.

“regulares e sistemáticas são as formas arcaicas do ensino pela “exposição oral” e “reprodução verbal” de conceitos e nomenclaturas, mais ou menos digeridos por simples “compreensão”, as quais dominam me boa parte a escola primária e, esmagadoramente, a escola média, sobretudo a secundária, e a maior parte das escolas superiores”. (1968, p. 18)

Para se ter esta escola comum afirma que ser precisa de uma escola que tenha as seguintes características:
1 – turno integral
2- enriquecimento do programa com atividades práticas
3 – oportunidades de formação de hábitos da vida real.
4 – organização da escola como uma miniatura da comunidade.

Isto faria com que a escola fosse reconciliada com a comunidade – sem o caráter dominante de escola propedêutica aos estudos ulteriores. Para isto a escola precisaria ser regional, enraizada no meio local, servida por professores da região, identificado com os costumes (currículo regional).  Neste sentido, a municipalização da escola seria a alternativa mais viável (administração local, programa local, professor local.)

Uma escola pública, primária, laica e de qualidade. Esta era a defesa de Anísio Teixeira. Mesmo que isto não significasse uma revolução educacional, mas uma justiça social.

“A escola primária que irá dar ao brasileiro esse mínimo fundamental de educação não é, precipuamente, uma escola preparatória para estudos ulteriores. A sua finalidade é, como diz o seu próprio nome, ministrar uma educação de base, capaz de habilitar o homem ao trabalho nas suas formas mais comuns. Ela é que forma o trabalhador nacional em sua grande massa. E, pois uma escola que é o seu próprio fim e só indireta e secundariamente prepara para o prosseguimento da educação ulterior à primária. Por isto mesmo, não pode ser uma escola parcial, nem uma escola somente de letras, nem uma escola de iniciação intelectual, mas uma escola sobretudo prática, de iniciação ao trabalho, de formação de hábitos de pensar, hábitos de fazer, hábitos de trabalhar e hábitos de conviver e participar em uma sociedade democrática, cujo soberano é o próprio cidadão.” (1968, p. 35-36)




REFERÊNCIAS
ALMEIDA,  Stela Borges de (org.) Chaves para ler Anísio Teixeira. Salvador: EGBA/UFBA, 1990.
FUNDAÇÃO Getúlio Vargas. Anísio Teixeira: a construção da educação brasileira. Brasília: MEC/ CAPES, [s.d].
FONTES, Solon Santana. Anísio Teixeira, um educador iluminista: premissas da modernidade no Brasil (1924-1970).  Salvador: Instituto Anísio Teixeira, 2008.
CHAUÍ, Marilena. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2001.
ROCHA, João Augusto de Lima et al. Anísio em Movimento: a vida e as lutas de Anísio Teixeira pela escola pública e pela cultura no Brasil. Salvador: Fundação Anísio Teixeira, 1992.
TEIXEIRA,  Anísio. Educação não é privilégio. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1968.













[1] Graduanda em Pedagogia pela UNIFACS. Graduada em História pela UFRN. Mestre em Educação pela UNICAMP. Doutoranda em Educação pela UFBA. Professora Assistente na UFRB.